António dos Santos

Nasceu a 14 de setembro de 1929 na Golegã, no seio de uma família toureira. O pai Carlos dos Santos era toureiro, tal como avô, os tios e o primo, o consagrado Manuel dos Santos. Os seus dois irmãos também seguiram a carreira. Desde criança respirava o ambiente taurino da Golegã e o destino estava-lhe traçado. Recebeu os primeiros ensinamentos na sua terra natal na Escola de Toureio de Patrício Sousa Cecílio e aos 14 anos apresentou-se pela primeira vez em público.

Fez a sua estreia como bezerrista na Praça de Toiros do Campo Pequeno, em Lisboa, a 15 de fevereiro de 1948. Dois anos depois, a 26 de março, regressou à catedral lisboeta já como novilheiro. Nesse mesmo ano estreou-se em Espanha, a 9 de abril de 1950, na praça de Plasencia, atuando também a 2 de julho em Barcelona.

A 24 de junho de 1952, aos 22 anos de idade, tomou a alternativa em Badajoz apadrinhado por Luis Miguel Dominguín. Viria a assumir que foi uma tarde muito infeliz, pelo facto de os toiros não terem investido. Ainda assim e apenas três meses depois confirmou a sua alternativa em Las Ventas onde voltaria a tourear ainda nesse mesmo ano.

Fica para a história - para a sua e para a da Monumental do Campo Pequeno - o toiro que matou ilegalmente a 24 de setembro de 1959 numa corrida a favor do Fundo de Assistência dos Toureiros.

A 19 de julho de 1973 foi nesta praça que cortou a coleta, despedindo-se assim das arenas.

Regressado a Portugal após uns anos em Angola, António dos Santos fixou-se na Moita do Ribatejo e tornou-se um conceituado Diretor de Corrida.


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FONTES ESCRITAS


- Gostava de ter agora vinte anos porque hoje em dia toureia-se melhor que nunca (O Mirante 26.04.2012)


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