Matador de Toiros


MATADORES DE TOIROS PORTUGUESES

Joaquim Tapada
Crítico taurino

Durante longos anos os aficionados portugueses habituaram-se a admirar os diestros de Espanha e do México que nos visitavam. Eram verdadeiros acontecimentos em Lisboa, a partir dos fins do século XIX, poder ver na Praça do Campo de Santana e mais tarde no Campo Pequeno, a actuação do velho e prestigiado matador cordovês Rafael Guerra y Bejarano "Guerrita", o espanhol que desde sempre mais toureou em Portugal. E os nossos aficionados continuavam a assistir à presença de espadas espanhóis e mexicanos, com especial incidência no período de 1936 a 1938, quando Espanha sofria uma devastadora Guerra Civil e os mexicanos estavam impedidos de tourear em arenas espanholas. Muitos toureiros, e não só, vieram residir para Portugal. Nesse período, mais precisamente em 1927 e 1933, foi concedida autorização para se efectuarem em Portugal corridas integrais. Estas realizaram-se em Lisboa, Vila Franca de Xira e Figueira da Foz, tendo algumas dessas corridas cartéis compostos por grandes figuras.

Todos lamentavam que não houvesse um português que chegasse a matador. Havia a escola de Luciano Moreira, antigo bandarilheiro, que formava jovens que aprendiam os rudimentos do toureio, alguns chegavam a novilheiros, mas não davam o salto parecendo inibidos para o "doutoramento". Houve jovens com valor que surgiram em várias escolas como a "Arena", "Festa Brava", "Sector 1", com professores recrutados na classe dos bandarilheiros. Nos primeiros anos da década de 40 do século XX, nem um só saiu matador. Houve bandarilheiros de muito valor, entre os quais Agostinho Coelho e Júlio Procópio, que não quiseram ser matadores. Houve também vários novilheiros com habilidade, caso do natural de Mira de Aire, radicado em Azambuja, Etelvino Laureano, a quem faltou sorte para ir mais além, até que em 1943 surge nas arenas o lisboeta Diamantino Vizeu. Rapaz com vasta cabeleira ondulada, ao qual os aficionados designavam por "Espada Guedelha". Sem qualquer ascendente ligado à Festa, o público vê em Diamantino o toureiro que poderá desmontar a ideia de que os portugueses "não têm valor para serem matadores de toiros". A sua caminhada passa pelas vacadas na Feira Popular, por lancear toiros em largadas e ainda pelas actuações na Feira de Saldos, no Porto, organizada pelo Jornal de Notícias, onde Diamantino recebeu o primeiro cachet. A afición mundial tinha no muito valoroso e sorumbático Manuel Rodriguez "Manolete" o seu ídolo, que o matador de Córdova jamais deixou de justificar. Todos os toureiros procuravam imitar Manolete, incluindo Diamantino Vizeu, cuja carreira foi bastante apoiada pelo Grupo Tauromáquico Sector 1, para que ele chegasse a matador de toiros. Não foi tarefa fácil para o português que esteve radicado em Sevilha e depois em Madrid, comeu o "pão que o Diabo amassou", mas atingiu gloriosamente a meta a que com determinação e muita coragem se havia proposto. Afinal os portugueses também tinham valor para serem matadores desde que os próprios ganadeiros lhes dessem as mínimas condições. Lamentava-se Diamantino que, em Portugal e também em Espanha, inúmeras vezes acontecia deslocar-se largos quilómetros às tentas e só no fim, por breves minutos, lhes faziam o "grande favor" de o autorizar a desenhar alguns passes a um animal sem condições. Assim, apesar de tudo, o dia 23 de Março de 1947 ficará na História da Tauromaquia. Na Praça Monumental de Barcelona, Diamantino Vizeu recebeu de Rafael Vega "Gitanillo de Triana", com o testemunho de Agustin Parra "Parrita" e António Bienvenida, a alternativa de matador de toiros. Estoqueou o "Comerciante", de Julian Calvo Albaserrada, e tornou-se o primeiro Matador de Toiros Português!

Entretanto, nos princípios da década de 40 do século XX surgira nas arenas um valoroso novilheiro mexicano, de nome Gregório Garcia que, pela sua coragem e determinação, contribuiu para que muitos aficionados regressassem às praças para o aplaudir, e essa circunstância fez renascer o interesse pela Festa de Toiros. Gregório Garcia, na realidade, foi um elemento muito importante, tal como havia de ser motivante para o toureio o filme "Sangue e Arena" que apaixonou os jovens e os levou a pretenderem ser toureiros. Surgiu Diamantino Vizeu nessa altura e também Augusto Gomes Júnior, que fora bandarilheiro desde 1937 até 1939, e que decidiu ser novilheiro. Toureou em praças portuguesas e espanholas, alternou com bons novilheiros e já se esperava que fosse o primeiro matador português. Porém, depois de ter actuado na Monumental de Madrid com picadores, toureou em Tafalla e sofreu uma grave cornada que o afastou das arenas durante largo tempo, o que o desmotivou. Reapareceu em 1945 integrado na quadrilha de cavaleiros e matadores e volta a Espanha um ano depois como novilheiro a fim de se preparar para ser matador. A colhida prejudicou Augusto Gomes que só viria a receber a alternativa seis meses depois de Diamantino. Foi a 10 de Agosto de 1947, na praça de Constantina de la Sierra (Sevilha) que António Bienvenida, com o testemunho de Jaime Marcos Gomez "El Choni", dá a alternativa àquele que passou a ser o 2.º matador da nossa história. A Festa vivia uma fase de muito interesse, com destaque para as corridas mistas com as maiores figuras de Espanha e México. Na Golegã aparecia também um jovem com imenso talento e que brilhava na escola de Mestre Patrício Cecílio. Uns diziam que se estava a preparar para integrar a quadrilha de Mestre João Núncio, cunhado do senhor Patrício Cecílio, outros, sabedores da valia de Manuel dos Santos, previam um brilhante futuro nas arenas como matador. E foi o que sucedeu. O jovem Manuel dos Santos Pires, que nasceu em Lisboa mas foi baptizado na Golegã, era neto do bandarilheiro Manuel dos Santos "Passarito", sobrinho neto de Daniel dos Santos e sobrinho de Carlos Santos, excelentes bandarilheiros. Ele próprio foi bandarilheiro aos 19 anos de idade, recebendo a alternativa no Campo Pequeno. Porém, o seu trajo de luzes seria de seda e ouro quando, na corrida de apresentação de Diamantino Vizeu no Campo Pequeno, a 5 de Maio de 1946, Manuel dos Santos esteve num plano muito elevado em competição com o novilheiro português triunfador da Feira de Sevilha. Renunciara à carreira de bandarilheiro e na temporada de 1947, depois de actuar na Feira de Badajoz e em várias praças de Espanha, incluindo Madrid, parte para o México. Aqui, a 14 de Dezembro de 1947, na praça El Toreo decide receber a alternativa de matador, concedida por Fermin Rivera, com o testemunho de Carlos Arruza. Todavia, foi colhido no primeiro toiro, sofreu rotura da femoral e permaneceu inactivo dois meses. Reapareceu em Monterrey e obteve enorme triunfo como novilheiro, dado que renunciara à alternativa. Esta viria a ter lugar em Sevilha, a 15 de Agosto de 1948, concedida por Manuel Jimenez "Chicuelo", com o testemunho de Manuel Alvarez "Andaluz". Foi com esta terna de "três Manuéis" que Manuel dos Santos iniciou uma carreira de matador plena de triunfos sonantes, percorrendo as mais importantes praças do mundo. Um grande toureiro que foi o 3.º Matador de Toiros Português. Já se havia retirado das arenas, era empresário e ganadeiro quando, a 17 de Fevereiro de 1973, ao viajar para a sua herdade em Alcáçovas, na companhia do seu jovem filho, Manuel Jorge, do seu amigo Manolo Escudero, homem de confiança, e de Manuel Francisco Piteira Dias, maioral dos toiros, sofreu um trágico acidente de viação do qual apenas saiu vivo o seu filho. Perdera a vida um homem que fez muita falta à Festa de Toiros em Portugal. Num período de quatro anos não houve alternativas de matadores, pois que vários jovens novilheiros desistiram ou optaram pela carreira de bandarilheiro. Quem não desistiu foi António José Agria dos Santos, filho de Carlos Santos e primo direito de Manuel dos Santos. De grande intuição, não foram aproveitadas as suas excelentes qualidades, visto que só aos 19 anos se apresentou como bezerrista no Campo Pequeno. Contudo, António possuía muito valor e os seus progressos eram notáveis. Toureou no Campo Pequeno, em Plasência, em Barcelona e teve actuações excelentes. Na temporada de 1951 fez o seu debute em Sevilha, numa novilhada picada com o alternante Curro Romero. Grandes actuações do elegante e artístico toureiro da Golegã, onde nascera a 14 de Setembro de 1929, que o levaram a praças importantes como a Monumental de Madrid, onde por mérito toureara em Agosto de 1951, com sensacional actuação que lhe valeu uma saída a ombros pela Porta Grande, e depois de novo em Madrid, a 12 e a 14 de Outubro desse ano. Nesta última novilhada, ao sair de uma larga afarolada de joelhos que utilizava nas suas faenas, foi colhido com gravidade e o acidente fê-lo perder vários contratos, mas não o impediu de ficar no primeiro lugar do escalafón de novilheiros pelas actuações em Portugal, Espanha e França. Na temporada de 1952 actuou em Barcelona, foi colhido e voltou a estar inactivo durante muito tempo. Reapareceu em Badajoz a 24 de Junho de 1952, na Feira de San Juan, para receber a alternativa. Esta foi concedida por Luís Miguel Dominguin, com o testemunho de Agustin Parra "Parrita". Seguiu-se uma carreira muito digna por praças de Portugal, Espanha, África Portuguesa, México, Monterrey, Cidade Juarez e muitas outras. Entretanto suspendera o curso da Escola António Arroio, em Lisboa, para ir para a Golegã, pelo facto de seu pai ter falecido. Foi Delegado da Direcção Geral de Espectáculos e foi presidente da Direcção do Sindicatos dos Toureiros. Hoje segue as corridas transmitidas pela televisão ou desloca-se a praças perto da sua residência, em especial a praça da Moita. Mais dois anos de intervalo e Portugal teve o 4.º Matador Português. Trata-se de Francisco Mendes Silva Conceição, natural de Beja, onde nasceu a 24 de Dezembro de 1932. Embora nascido em Beja, foi em Évora que desde criança se apaixonara pelos toiros. Frequentou a escola de toureio dirigida por Caetano Ordoñez "Niño de la Palma", onde aos 13 anos manifestava toda a sua habilidade. Vestiu-se de luzes em 1950, na praça de Reguengos de Monsaraz, com enorme êxito, e na temporada de 1951 teve excelentes actuações no Campo Pequeno e em Algés que entusiasmaram os aficionados, pois confirmaram tudo o que se dizia de um toureiro que lanceava de capote de forma surpreendente. Esteve também na Golegã, na escola de Patrício Cecílio, onde aperfeiçoou a sua maneira de tourear, e nas temporadas de 1952 e 1953 os êxitos foram-se somando quer em Portugal, quer em Espanha, sobretudo em Barcelona e em Sevilha. Também na temporada de 1954 brilhou como novilheiro e, assim, a 10 de Agosto desse ano, na praça de Málaga, Francisco Mendes recebe de António Ordoñez, com o testemunho de César Girón e Manuel Jimenez "Chicuelo", a alternativa, passando a ser o 5.º Matador Português. Depois de confirmar em 1956, toureou na América Latina, no México, Venezuela, Guatemala e Peru, sendo de salientar a conquista do Troféu de Oiro (catedral) e Placa de Oiro e o Rosário, na praça de Lima, prémios que nenhum toureiro português havia alcançado. Manteve em Portugal uma saudável rivalidade com Diamantino Vizeu. Porém, Francisco Mendes, no auge da sua carreira, retirou-se das arenas, casou e fixa-se em Madrid. Ficou aquém do muito que podia ter dado à Festa de Toiros. Mas, no ano seguinte à alternativa de Paco Mendes – tal como lhe chamavam muitos aficionados – Portugal conheceu o seu 6.º Matador de Toiros. Chamou-se Joaquim Marques, um coruchense nascido a 2 de Maio de 1928. Natural de uma região que é berço de ganadeiros, toureiros, forcados e aficionados, Joaquim Marques frequentou a escola de toureio do antigo bandarilheiro Francisco Suzana, um espaço por onde passaram todos os toureiros da princesa do Sorraia. Depois de participar em muitos festejos acompanhado por seu pai, Joaquim Marques aconselhou-se com Feliciano Cercó Ferreira "Punteret" para ser toureiro. O apoderado de Diamantino Vizeu e o próprio matador reconheceram-lhe valor e qualidades para singrar. Punteret apoderou-o e tratou da sua deslocação para Sevilha, onde frequentou uma escola de toureio no Bairro de Triana. Antes de partir para Sevilha, Joaquim Marques integrou as quadrilhas dos novilheiros Etelvino Laureano, Anibal de Oliveira e João Gaivoto. Durante os longos meses em Sevilha encontrou as maiores dificuldades e em alguns casos conseguiu superá-las nas poucas actuações que teve. Em 1948 regressou a Portugal e apresentou-se de curto por ocasião das Festas de Nossa Senhora do Castelo e alterna com Diamantino Vizeu. Estreou-se de luzes em Vila Franca de Xira, alternando com Etelvino Laureano e Diamantino Tomás "Pirolito". A auspiciosa carreira de novilheiro é interrompida em 1949 para o cumprimento do serviço militar. Este terminado, treinou afincadamente e fez a sua estreia em Espanha. Prosseguiu a carreira com a máxima dignidade. Toureou em Portugal e Espanha durante as temporadas de 1950 a 1955, tendo sido apoderado por António Correia, que fora peão de confiança do cavaleiro João Núncio, e teve actuações de grande mérito. Em finais da temporada de 1954 assinou dois contratos para tourear na Monumental Praça México onde, em 1955, alcançou um êxito clamoroso, conquistando orelhas e impressionando o público pela sua categoria. Voltou à Praça México mais cinco tardes seguidas, feito que até hoje não foi igualado. Em grande momento da carreira, e porque já tinha 27 anos de idade, deliberou receber a alternativa. Assim, na praça de León, a 13 de Março de 1955, Diamantino Vizeu, com o testemunho de Luís Solano, concedeu-lhe a alternativa. Joaquim Marques foi premiado com duas orelhas e passou a ser o 6.º Matador de Toiros Português. Ainda se manteve em actividade até 1960, mas todavia decidiu deixar as arenas e partiu para Luanda, onde se manteve 19 anos, para seguir uma nova profissão. Em Portugal continuou a ser um aficionado muito interessado pela corrida integral. Problemas de saúde relacionadas com diabetes causaram a sua morte.

Desenvolveu-se um pouco as carreiras dos seis primeiros matadores de toiros portugueses. Porém, como Portugal já tem 42 matadores, este trabalho tornava-se demasiado extenso. Assim, serão mencionados os restantes matadores sendo referidos apenas os dados pessoais e as datas das alternativas.

O 7.º matador português foi José Trincheira, natural de Borba, onde nasceu a 6.09.1935. Recebeu a alternativa em Cáceres, a 28 de Setembro de 1958, sendo padrinho César Girón e testemunha Manolo Segura. O 8.º matador foi José Júlio, natural de Vila Franca de Xira, onde nasceu a 31 de Janeiro de 1935. Alternativa em Saragoça, a 11.10.1959, padrinho Manuel Jimenez "Chicuelo II", testemunha Gregório Sanchez. O 9.º matador foi Armando Soares, natural do Barreiro onde nasceu a 27 de Outubro de 1931. Alternativa em Sevilha, a 30.09.1962, padrinho Miguel Mateo "Miguelin" e testemunha Curro Montes. 10.º matador, José Simões, natural de Coruche, onde nasceu a 21.01.1937. Alternativa em Badajoz, a 24.06.1963, padrinho Paco Camino e testemunha Santiago Martin "El Viti". 11.º matador, Amadeu dos Anjos, natural de Safurdão (Pinhel), a 13.03.1935. Alternativa em Salamanca, a 13.09.1963, padrinho Paco Camino, testemunha Manuel Benitez "El Cordobés". 12.º Matador, Fernando dos Santos, natural de Póvoa de Alcobaça, onde nasceu a 23.11.1938. Alternativa em Mérida, a 9.10.1966, padrinho Vicente Punzón, testemunha Luis Alviz. O 13.º matador foi Mário Coelho, natural de Vila Franca de Xira, onde nasceu a 25.03.1936. Alternativa em Badajoz, a 27.07.1967, padrinho Júlio Aparício, testemunha Manuel Cano "El Pireo". O 14.º matador, José Falcão, natural de Povos (Vila Franca de Xira), onde nasceu a 31.08.1942. Alternativa em Badajoz, a 23.06.1968, padrinho Paco Camino, testemunha Francisco Rivera "Paquirri". O 15.º matador foi Júlio Gomes, natural de Forcalhos (Sabugal), onde nasceu a 19.05.1942. Alternativa em Tlaxcala (México) a 2.11.1970, padrinho Raul Garcia, testemunha Eloy Cavazos. O 16.º matador foi Óscar Rosmano, natural de Évora, onde nasceu a 18.09.1940. Alternativa em Aguascalientes (México), a 29.11.1970, padrinho Raul Garcia, testemunha Jesus Solorzano. O 17.º matador foi Ricardo Chibanga, natural de Lourenço Marques (Moçambique), onde nasceu 8.11.1942. Alternativa em Sevilha, a 15.08.1971, padrinho António Bienvenida, testemunha Rafael Torres. O 18.º matador foi José Manuel Pinto, natural de Caldas da Rainha, onde nasceu a 16.03.1945. Alternativa em Cáceres, a 19.08.1973, padrinho José Luís Parada, testemunha Rafael Torres. O 19.º matador foi António de Portugal, natural de Calhandriz (Vila Franca de Xira) onde nasceu a 25.06.1953. Alternativa em Jerez (México), a 6.04.1980, padrinho Mariano Ramos, testemunha Rafael Gil "Rafaelillo". O 20.º matador foi Vítor Mendes, natural de Marinhais (Salvaterra de Magos), onde nasceu a 14.02.1958. Alternativa na Monumental de Barcelona, a 13.09.1981, padrinho Palomo Linares, testemunha José Maria Manzanares. O 21.º matador foi Fernando Pessoa, natural de Lisboa, onde nasceu a 2.09.1949. Alternativa em San Cristobal de las Casas (México) a 02.05.1982, padrinho Mariano Ramos, testemunha Marcos Ortega. O 22.º matador foi António do Carmo, natural da Moita, onde nasceu a 27.01.1940. Alternativa em Tenancingo (México), a 08.12.1984, padrinho José Jesus Sanchez, testemunha Roberto Miguel. O 23.º matador foi Manuel Moreno, natural da Moita, onde nasceu a 04.09.1961. Alternativa em Badajoz, a 22.06.1985, padrinho António Chenel "Antoñete", testemunha Juan António Ruiz Espartaco. O 24.º matador foi Rui Bento Vasquez, natural de Preces (Alenquer), onde nasceu a 10.04.1964. Alternativa em Badajoz, a 25.06.1988, padrinho José Maria Manzanares, testemunha Paco Ojeda. O 25.º matador foi Eduardo Oliveira, natural de Samora Correia (Benavente), onde nasceu a 09.03.1965. Alternativa em Almendralejo, a 15.08.1989, padrinho Curro Vasquez, testemunha Luís Reina. O 26.º matador foi Paco Duarte, natural da Malveira (Mafra), onde nasceu a 21.03.1951. Alternativa em Chelva (Valência), a 25.08.1991, padrinho Michel Lagravère, testemunha Gregório de Jesus. O 27.º matador foi Manuel Valente, natural de Lisboa, onde nasceu a 10.04.1945. Alternativa em Cereceda (Guadalajara), a 03.09.1991, padrinho Rui Bento Vasquez, testemunha José António Valência. O 28.º matador foi Parreirita Cigano, natural de Coruche, onde nasceu a 08.01.1957. Alternativa em Almonaster la Real, a 15.08.1992, padrinho Manuel Moreno, testemunha Francisco Campos Peña. O 29.º matador foi José Luís Gonçalves, natural de Luanda, onde nasceu a 22.10.1965. Alternativa em Badajoz, a 19.03.1994, padrinho Juan Mora, testemunha Finito de Córdoba. O 30.º matador foi Pedrito de Portugal, natural de Lisboa, onde nasceu 11.02.1973. Alternativa em Badajoz, a 26.06.1994, padrinho Paco Ojeda, testemunha Finito de Córdoba. O 31.º matador foi Mário Coelho Júnior, natural de Lisboa, onde nasceu a 06.10.1978. Alternativa na Monumental de Barcelona, a 01.08.1999, padrinho Raul Gracia "El Tato", testemunha Alberto Ramirez. O 32.º matador foi Luís Procuna, natural da Moita, onde nasceu a 02.05.1983. Alternativa em Almendralejo, a 15.08.2003, padrinho Óscar Higares, testemunha Rafael Rúbio Rafaelillo. O 33.º matador foi Sérgio Parrita, natural de Alhos Vedros (Moita), onde nasceu 05.05.1979. Alternativa em Santa Cruz de Mudela (Ciudad Real), a 25.04.2004, padrinho Fernandez Pineda, testemunha o rojoneador José Luís Cañaveral. O 34.º matador foi Nuno Velasquez, natural de Lisboa, onde nasceu a 24.12.1981. Alternativa em Santisteban del Puerto (Jaén), padrinho Ruiz Manuel, testemunha "Carnicerito de Úbeda". O 35.º matador foi Mário Miguel, natural de Angra do Heroísmo, onde nasceu a 15.10.1978. Alternativa em Cuéllar (Segóvia), a 27.08.2006, padrinho Alfonso Romero, testemunha Francisco Marco. O 36.º matador foi António João Ferreira, natural de Santarém, onde nasceu a 03.06.1983. Alternativa em Mont-de-Marsan (França) a 22.07.2008, padrinho "El Fundi", testemunha Julien Lescarret. O 37.º matador foi Nuno Casquinha, natural de Lisboa, onde nasceu a 05.02.1982. Alternativa em Villanueva del Fresno, a 29.05.2011, padrinho Javier Solis, testemunha José Parejo. O 38.º matador foi Diogo Santos, natural de Setúbal, onde nasceu a 27.04.1985. Alternativa em Santa Cruz Cajamarca (Perú) a 30.09.2013, padrinho Juan Carlos Cubas (peruano), testemunha Israel Lancho (espanhol). O 39.º matador foi Paco Velasquez, natural de Riachos (Torres Novas) onde nasceu 23.12.1990. Alternativa em Tequisquiapan (Querétaro) (México), a 28.03.2014, padrinho Fermin Spinola, testemunha Alejandro Amaya. O 40.º matador foi Manuel Dias Gomes, natural de Lisboa, onde nasceu a 22.06.1990. Alternativa em Gamard les Bains (França) a 30.05.2015, padrinho Juan Leal, testemunha Tomaz Dufaut. O 41.º matador foi Joaquim Ribeiro "Cuqui", natural de Lisboa, onde nasceu a 28.06.1991. Alternativa em Tijuana (México), a 19.08.2018, padrinho Uriel Moreno "El Zapata", testemunha António Garcia "El Chihuahua". O 42.º matador foi João Silva "Juanito", natural de Monforte onde nasceu a 29.04.1999. Alternativa em Badajoz, a 22.06.2019, padrinho António Ferrera, testemunha Cayetano Ordoñez.

Não havendo corridas integrais em Portugal, não admira o exíguo número de matadores de toiros. Por isso, alguns dos nossos matadores optaram pela carreira de bandarilheiro, outros desistiram e um (Paco Velasquez) decidiu ser cavaleiro. Contudo, chegar-se a matador nos dias que correm é muito difícil pela exigência do número de novilhadas em que têm de actuar só para se tornarem novilheiros com picadores. Hoje, também as empresas não apostam na corrida a pé ou na corrida mista.

Depois de tudo os nossos toureiros que chegaram à alternativa de matadores de toiros são uns verdadeiros heróis!



LISTA DE MATADORES DE TOIROS PORTUGUESES


A


C


D


E


F


J


L


M


N


O


P


R


S


V


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